Com o objetivo de destacar a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis, especialmente nas gestantes durante o pré-natal, e incentivar a participação de profissionais e gestores de saúde em ações de prevenção, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de casos, nos meses de outubro e novembro a equipe do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Manhuaçu, tem realizado diversas ações junto aos 34 municípios de abrangência da SRS.
“A Superintendência tem mobilizado os 34 municípios para a produção de boletins informativos sobre a sífilis, além de campanhas para ampliação de testagem rápida para a população”, disse Ana Carolina Souza Abreu Guimarães, referência técnica do Programa de Sífilis da SRS Manhuaçu. “Tais mobilizações fazem parte das ações propostas pelo Plano de Enfrentamento à Sífilis no Estado de Minas Gerais, que visa não somente diminuir os altos índices de sífilis no estado, como também a conscientização de gestores municipais e, principalmente, profissionais da saúde, sobre o grave problema de saúde pública que a sífilis representa”, concluiu Ana.
“A prevenção, promoção e assistência à saúde continua sendo prioridade para o Governo de Minas Gerais. Nossa equipe da SRS Manhuaçu tem dado todo suporte e orientação aos municípios, sempre com foco na prevenção dessa e de outras doenças”, destacou o superintendente regional de Saúde de Manhuaçu, Juliano Estanislau Lacerda.
Sobre a sífilis
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Todas as pessoas, sexualmente ativas, devem realizar o teste para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto, má formação do feto e até a morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e deficiência mental.
O Plano de Enfrentamento à Sífilis, do Governo de Minas, prevê 49 ações visando a qualificação da Atenção à Saúde para prevenção, assistência, tratamento e vigilância da sífilis. A SRS-Manhuaçu tem apoiado e incentivado os municípios a realizarem mobilizações e ações que sensibilizem a população sobre a doença.
Os casos notificados de sífilis adquirida, sífilis em gestante e sífilis congênita na área de abrangência da SRS-Manhuaçu, tem feito com que a equipe da Coordenação de Vigilância dispare alertas aos técnicos dos municípios. No gráfico é possível verificar os números de notificações nos últimos anos.
Antonio Rodrigues / ASCOM – SRS MANHUAÇU
Foto: Ministério da Saúde