Após reunião na noite desta sexta-feira, (11), os sindicatos das forças de segurança de Minas e deputados que representam a categoria anunciaram um novo ato de protesto para reivindicar maiores aumentos salariais.
As entidades anunciaram ainda que seguem em “operação da estrita legalidade”, uma espécie de redução dos trabalhos.
“Não vamos recuar! O anúncio do governador Zema, nesta sexta-feira, nos motivou ainda mais a continuar nossa luta pelo cumprimento do acordo assinado por ele com a classe, pela recomposição das perdas inflacionárias e pela manutenção da paridade e integralidade”, diz a nota.
De acordo com a nota assinada pelas entidades sindicais da segurança, o movimento que busca reajuste salarial se manterá mobilizado em continuará com a “operação da estrita legalidade”.
“No próximo dia 21, às 9 horas, na Cidade Administrativa, demonstraremos nossa força e nossa insatisfação com o governo, que insiste em não cumprir sua palavra”, diz a nota.
Horas depois do anúncio feito pelo governador, representantes de sindicatos da segurança pública e parlamentares se reuniram para avaliar os próximos passos e decidiram marcar uma nova manifestação na Cidade Administrativa, sede do governo mineiro.
“Em resposta ao anúncio do Zema que não arredou o pé, quebra a paridade entre ativos e veteranos ao criar abonos e demonstra que não tem diálogo, demonstração de que o governo continua mentindo, ficou marcado para dia 21, uma segunda-feira, às 9 horas, na Cidade Administrativa, uma novo grande ato das forças de segurança”, disse o deputado Sargento Rodrigues.
Redução das atividades
Representantes dos sindicatos prometem manter a atuação de “estrita legalidade” como forma de pressionar o governo a atender às reivindicações.
“A categoria vai continuar na estrita legalidade e sem prazo para terminar. Não é greve. Na guerra temos inúmeras batalhas, a primeira vence agora, dia 2 de abril. Mas a segunda batalha começa depois de abril e termina dia 2 de outubro”, afirmou o presidente da Associação de Praças Policiais e Bombeiros de Minas Gerais (Aspra), subtenente Heder Martins de Oliveira.
O Deputado Federal Subtenente Gonzaga (PDT) afirmou que a proposta apresentada ontem pelo governador Romeu Zema (Novo) não atende às demandas da categoria e que as decisões do governo estadual são tomadas de forma unilateral, sem o diálogo com os servidores.
“O governador conseguiu aprofundar a crise da segurança pública e ampliar a desmotivação dos profissionais da segurança pública. A produtividade dos policiais, que dá o resultado de fato, é resultado de iniciativa, é o faro e instinto policial, que consegue produzir resultados. Essa irresponsabilidade do governador conseguiu reduzir essa produtividade e ampliou a desmotivação”, afirmou o parlamentar.
Para Aline Risi, representante da Confederação Brasileira de Trabalhadores Políciais Civis (Cobrapol), o governo descumpre o acordo firmado anteriormente e as forças de segurança continuarão trabalhando na “estrita legalidade
“Infelizmente, são muitas incoerências. A cada coletiva, surge mais uma incoerência do governador e dos outros secretários. Ele está chegando ao ponto de demonstrar raiva. Porém, é direito nosso. Repudiamos. Estamos lutando por um direito que é justo, que há anos nós não temos. Não é reajuste, é recomposição das perdas inflacionárias”, diz Aline Risi.
FONTE: Jornal O TEMPO: Proposta de Zema é rejeitada pelos nove sindicatos das polícias de Minas | O TEMPO (ampproject.org)