Minas não tem tradição na produção do café Conilon, bastante usado pela indústria na produção dos cafés solúveis. O maior estado produtor é o Espírito Santo que responde por 70% da produção nacional. Mas isso pode mudar. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), existem 292 municípios em Minas Gerais aptos para a produção do Conilon, sobretudo nas regiões baixas e quentes do leste do estado.
Eles só precisam de um “empurrãozinho”. E ele pode vir na forma de uma pesquisa, conduzida pela Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), para testar a adaptabilidade de quatro cultivares de Conilon. O objetivo é multiplicar mudas que devem começar a ser vendidas a partir de novembro deste ano.
O projeto batizado de “Expansão do Café Conilon na Região Leste do estado de Minas Gerais”´ é financiado pelo MAPA e já proporcionou a instalação de dois jardins clonais nos Campos Experimentais da Empresa nos municípios de Leopoldina e Oratórios. Firmamos uma parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e adquirimos material genético de cultivares.
“Atualmente, quando um produtor quer iniciar o cultivo precisa trazer mudas de outros estados. Por isso, o projeto prevê a instalação de viveiros, onde estamos multiplicando as mudas dessas cultivares, para comercializá-las aos produtores”, explica o pesquisador da EPAMIG, e coordenador do projeto, Fábio Tancredi.
Segundo ele, a meta da Empresa é produzir cerca de 200 mil mudas nos viveiros de Leopoldina e Oratórios. Além disso, a equipe está treinando a mão de obra para prosseguir com o cultivo e atender à demanda.