quinta-feira , 21 novembro 2024
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Programa do SENAR traz avanços para cafeicultores em Divino e Orizânia

café grãos

O Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) promovido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES nos municípios de Divino e Orizânia completa, em julho, um ano assistindo a 60 cafeicultores. Produtores e técnicos comemoram os resultados alcançados na qualidade do café e nas novas possibilidades para a comercialização na região.

A mobilizadora Viviane Cunha destaca que o Programa serviu para conscientizar o produtor em relação à necessidade da busca por conhecimento e uso da tecnologia, provar que é possível melhorar além de perceber a importância do trabalho em conjunto. “Foram muitas mudanças em um ano. Uma das turmas tinha apenas um produtor com terreiro suspenso, hoje são 19 com essa tecnologia, por exemplo. Temos duas torrefações em propriedades de Divino, e produtor pronto para beneficiar o seu café. Isso é muito significativo para toda a cidade”.

café grãos

O técnico Danilo Mendes atende 25 produtores em Divino e cinco e Orizânia e diz que os principais avanços estão relacionados ao manejo das lavouras e ao ganho em produtividade. “Com o acompanhamento técnico os produtores estão realizando análises de solo e seguindo as recomendações para o manejo nutricional”. Também observa que os interesse pelo café especial. “Muitas propriedades estão iniciando os trabalhos para a melhoria da qualidade do café. Fazendo o mapeamento, identificando o potencial de cada talhão e aprimorando os processos de pós-colheita”.

Na região, o ATeG assiste a muitos agricultores familiares e segundo Danilo o Programa colaborado para que todos se interessem mais pelas propriedades, a produção e a gestão. “Muitos jovens das comunidades passaram a fazer cursos do Senar para se aprimorar e isso fortalece a cafeicultura e os laços da família com o campo. Esse movimento também traz a questão da sucessão familiar como algo possível e vantajoso, um ponto importante que a gente trata com os produtores”.

As experiências

Na fazenda Pedra Branca, em Divino o produtor Lênio Vilete e a família já possuem uma marca de café e estão se dedicando à produção do café especial. O filho Breno Vilete fez cursos de Classificação e Degustação de Café, Torra e Barista promovidos pelo Senar Minas e aplica o conhecimento nos negócios da família. “Com o apoio técnico do ATeG  aprendemos a trabalhar melhor o nosso café. Hoje conseguimos fazer uma bebida melhor, agregando valor ao produto e aumentando a nossa renda. Os cursos que fiz também fazem a diferença no nosso dia a dia”.

Em Orizânia o produtor Otniel Henrique fez a primeira venda de café especial recentemente com a saca negociada a R$1300. O produtor destaca que o ATeG foi fundamental para alcançar a qualidade e a valorização do produto.

Os produtores Vilma e Jorge dos Santos de Divino, atentos à pós-colheita construíram uma estufa em sua propriedade. “Estamos fazendo ajustes para garantir um bom funcionamento. Melhorando para nos poupar tempo e recursos. Após as orientações do técnico fizemos a estufa para melhorar a qualidade do café”, disse Vilma.  

O Casal Eva e Rogério Souza mudou a perspectiva sobre o café ao ingressarem no ATeG. “Os resultados chegaram mais rápido do que a gente imaginava. Recebemos muita orientação e todos do Senar têm muita disponibilidade para nos ajudar. Participar do Programa tem sido uma experiência maravilhosa”.

 Eva destaca a Semana Internacional do Café (SIC) como um momento marcante e decisivo para estimular a família a se dedicar à produção de café de qualidade. “Na SIC eu conheci outro café, foi um despertar para tudo que ele pode oferecer. Com auxilio da técnica do ATeG fizemos a primeira colheita do café especial e ficamos felizes com o resultado”.

União

A mobilizadora Viviane Cunha conta que todos os participantes do ATeG em Divino e Orizânia mantém contato entre si para trocar experiências e encontrar soluções para os desafios, sendo realizados encontros presenciais a cada dois ou três meses, sempre com o apoio de Senar e do SPR.

Segundo Viviane essa união é um diferencial para o sucesso do Programa que segue até 2023 e já há produtores interessados em novas turmas. “Consequência de um bom trabalho feito pelos técnicos e dedicação do produtor que alcança os resultados positivos”. 

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