O Banco do Brasil (BB) anunciou, nesta quinta-feira (20/2), um montante de R$ 15 bilhões para pré-custeio na safra 2020/2021. O montante será destinado para produtores de soja, milho, algodão, café, arroz e cana-de-açúcar. Também tornou disponível para contratação suas modalidades de seguro agrícola e de faturamento. O lançamento foi feito em Brasília (DF).
A instituição confirmou que o pré-custeio terá uma linha de crédito a juros controlados, com taxas a partir de 6% ao ano, e a juros livres, com taxas mínimas de 6,1% ao ano. O crédito livre está atrelado a recursos originários das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
Nos recursos controlados, a taxa de juros é de 6% ao ano pelo Pronamp, voltado para médios produtores, e de 8% ao ano no custeio empresarial. Os tetos de contratação são de R$ 1,5 milhão e R$ 3 milhões, respectivamente. O prazo dos financiamentos é de 14 meses para lavouras perenes e 12 meses para as demais. Nos recursos livres, além do piso de 6,1% ao ano nos juros, o prazo do contrato é de uma safra, limitado a 720 dias. E não há valor limite.
“Com a liberação do pré-custeio, o Banco do Brasil avalia que o volume de recursos possibilita que os produtores rurais tenham melhores condições para financiar suas atividades, estimulando a economia do país”, diz o BB, em nota.
Em entrevista à Globo Rural, na semana passada, o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, João Rabelo, explica que esse formato de pré-custeio visa atender uma base mais ampla na sua carteira rural em um período mais longo do ano. O crédito a taxas livres pode ser contratado de imediato pelo produtor, o que, a depender da situação, ele não poderia fazer no caso dos juros controlados, por conta das normas do crédito rural no Brasil.
“O Manual de Crédito Rural só permite operações de crédito controlado por 12 meses e tem algumas culturas e regiões em que o prazo de 12 meses expira em agosto ou setembro. Não dá para fazer o controlado agora. Vamos lançar uma linha livre para, se for do interesse, o produtor ter a liberdade de tomar crédito com taxas e prazos adequados ao ciclo de plantio”, explicou.
(Fonte: Revista Globo Rural / CCCMG)