O milho da Bolsa de Chicago (CBOT) do contrato de dezembro subiu cinco centavos em meio às manchetes altistas do Mar Negro. “O acesso da Ucrânia ao Mar Negro permanece incerto, e as exportações totais 22/23 da Ucrânia serão desconhecidas até que o corredor seja estendido, ou não, no final de novembro”, observa a Consultoria AgResource Brasil.
De acordo com eles, se o corredor permanece intacto, o total de exportações ucranianas de 22/23 pode exceder os 15 milhões de toneladas projetados pelo USDA em 3 a 6 milhões. “A geopolítica permanece sendo um ponto que impacta as exportações”, acrescentam os analistas de mercado.
Por outro lado, a safra de milho da Argentina está apenas 16% plantada, ante 29% em média em meados de outubro. “Está claro que o produtor argentino vai semear uma quantidade recorde de milho de segunda safra em meio à seca histórica. Isso é um pouco altista na margem, já que a colheita na Argentina não ocorrerá até julho e agosto, mas a semeadura que foi feita mais tarde, faz com que o clima crítico impacte a safra de fevereiro e março. O produtor argentino espera um fim rápido do La Niña neste inverno. Isso também deve produzir uma recompensa no rendimento de milho dos EUA em 2023”, diz a AgResource Brasil.
“O cabo de guerra entre as ofertas altistas e demanda baixista persistirá. Mas a tese da AgResource é centrada na necessidade do novo receio de escassez para sustentar altas acima de 7 dólares por bushel. Tal medo está ausente em meio à demanda de exportação dos EUA que está muito lenta, e está será confirmada novamente através do relatório de vendas de exportação de amanhã. Sugerimos vender rallies com milho para manter em um intervalo até novembro”, concluem os analistas da filial da empresa norte-americana AgResource Company.
(Agrolink)