O mercado de milho na Bolsa B3 de São Paulo fechou novamente em forte alta nesta terça-feira, 13 de Abril, impulsionado pela escassez interna e externa de oferta do cereal. A cotação de maio fechou em alta de R$ 1,95 no dia, a R$ 103,87, sendo que a máxima chegou a R$ 103,99, enquanto a de julho avançou R$ 1,81 no dia, para R$ 99,31, e a de setembro avançou R$ 2,53 no dia, para R$ 93,99.
“As notícias de que os negócios físicos internos se consolidam em R$ 100,00, de que as importações de milho argentino continuam e de que há atrasos no plantio de milho nos Estados Unidos e preocupações com o clima, que fizeram Chicago subir 11,25 cents/bushel nesta terça-feira. Os executivos destas grandes empresas, ao se antecipar e fazer grandes importações de milho, parecem confirmar nossa convicção de que os preços irão subir nos três longos meses que ainda faltam até o início da colheita da Safrinha brasileira”, comenta a equipe de analistas da Consultoria TF Agroeconômica.
De acordo com a Consultoria AgResource Brasil, o mercado acompanha a diminuição dos estoques e clima nos EUA, que deve seguir seco para o plantio, e incertezas sobre a safrinha no Brasil. “O grande destaque foram as revisões e atualizações sobre a segunda safra de milho. Nesta tarde, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) revisou para baixo a produção de Mato Grosso, estado que corresponde por 32,3% da safra brasileira. Agora, a entidade prevê safra de 34,977 milhões de toneladas, contra 36,267 milhões de toneladas”, apontam os analistas.
No Paraná, destaca a AgResource, o Departamento de Economia Rural (Deral) trouxe dados preocupantes sobre a segunda safra do segundo maior produtor da safrinha. “Nesta semana, o percentual de lavouras em boas condições caiu de 92% para 76%. No fim de março, a entidade reduziu a projeção de safra no estado de 13,553 milhões de toneladas para 13,382 milhões de toneladas. Vale a pena mencionar que nos últimos 5 anos a participação do estado na produção do milho safrinha representou 16% da produção nacional”, concluem os analistas.
(AGROLINK)