quinta-feira , 21 novembro 2024
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Matas de Minas representa 38% das amostras selecionadas para a 2ª etapa do 6º Cupping ATeG Café+Forte

Das 1.655 amostras de café enviadas para o 6º Cupping ATeG Café+Forte, do Sistema Faemg, 60 foram selecionadas para a segunda etapa do concurso. (link) Desses 60 produtores, 23 são assistidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Café+Forte na região das Matas de Minas.

Os cafeicultores são dos municípios de Simonésia, Pedra Bonita, Santa Margarida, Manhuaçu, São João do Manhuaçu, São Sebastião da Vargem Alegre, Eugenópolis, Alto Jequitibá e Espera Feliz.

Simonésia tem o maior número de representantes, sete, no total. O supervisor do ATeG na região, Daniel Prado, destacou o trabalho desenvolvido pelo técnico de campo Wanderlei Miranda, que tem evidenciado a excelência dos cafés da cidade.

Um dos produtores simonenses é Hugo Riva Pereira, campeão do Cupping em 2021, na categoria Arábica Cereja Descascado (CD). Contente por estar na lista dos 60 melhores da competição, ele se diz esperançoso em conseguir repetir o resultado do ano passado.

“Me esforcei ao máximo para fazer melhor que no ano passado. Tivemos muitos lotes bons, espero ter escolhido o melhor, e que ele tenha sucesso. Tenho um café padrão, e agradeço o trabalho do ATeG e do Wanderlei. A gente tem procurado se alinhar cada vez mais”.

Hugo também espera que a visibilidade e credibilidade do concurso o ajudem a alcançar um mercado diferenciado. “Para nós, é importante agregar valor ao produto, que tem um trabalho e dedicação especial da gente”.

O grupo do Programa ATeG Café+Forte em Pedra Bonita e Miradouro começou em 2021 e esta é a primeira vez que os produtores acompanhados pela técnica de campo Cristiene Martins participam do Cupping. Da turma de 30, 26 mandaram amostras para o concurso e seis foram selecionados para a segunda etapa. O resultado foi recebido com alegria por Cristiene.

Ela contou que que percebeu o potencial de muitos produtores para o café especial, especialmente pela localização da propriedade. Sua primeira ação foi ensiná-los sobre a qualidade superior e incentivar a adoção de processos que permitissem chegar a esse resultado. “Eles só sabiam se o café ‘bebia ou não bebia’, fato muito triste”.

Uma das estratégias usadas pela técnica foi levar aos produtores cursos do Senar Minas promovidos pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Miradouro. As capacitações os ajudaram a conhecer a importância de melhorar a qualidade dos cafés. Os cafeicultores colocaram o conhecimento em prática e vivenciaram as mudanças.

“Propus a eles fazer a colheita dos talhões que estivessem com o máximo de maturação dos frutos primeiro, e sempre com muito cuidado na pós-colheita. Depois enviamos amostras para o Q-Grader provar. Dessa forma, escolhemos o melhor café para enviar para o concurso”, contou a técnica, satisfeita.

Em um ano de trabalho, a evolução é consistente. “Fico emocionada ao lembrar da primeira visita que fiz numa propriedade que teve o café pontuado em 82,5 e, hoje, tem um café de 88 pontos. É muito gratificante”, disse Cristiene, que espera comemorar bons resultados também na final do 6º Cupping ATeG. “O resultado positivo se atribui ao trabalho em conjunto que fizemos, ao empenho, dedicação e comprometimento de cada produtor para lapidar essa qualidade!”

Satisfação

O gerente do Sistema Faemg em Viçosa, Marcos Reis destacou a importância do resultado e lembrou que os produtores das Matas de Minas concorreram com mais cinco regiões produtoras – Leste de Minas, Cerrado, Mantiqueira, Sul de Minas e Chapada – e conquistaram a excelente marca de quase 40% de presença na lista da segunda etapa do concurso. Marcos, que também é especialista em café, elencou motivos para esse resultado.

“Isso mostra primeiro o alto potencial e a alta qualidade dos cafés da região, em segundo o bom trabalho dos técnicos focando ainda mais em qualidade, diferenciando os cafés da região e apoiando o produtor para que ele consiga agregar valor ao seu produto. Visto que um dos diferenciais da nossa região é ser fortemente caracterizada pela agricultura familiar, e a não mecanização, o produtor tem que buscar estratégias para diferenciar o seu café, e a qualidade é uma delas, que os grupos do ATeG estão trabalhando muito bem”.

Para o supervisor Daniel Prado, o resultado da segunda etapa já é uma vitória coletiva, construída no dia a dia das propriedades em um trabalho de melhoria constante. “É interessante notar que muitos classificados   são produtores que os técnicos já estão trabalhando há anos com foco na qualidade, no aumento da renda e nós estamos colhendo os frutos. O produtor é muito trabalhador e com orientação técnica e assertiva a gente consegue melhor muito a qualidade de vida deles, e ficamos muito satisfeitos em poder contribuir”.

Resultado

 As provas da segunda etapa acontecerão nos dias 20 e 21 de outubro em Boa Esperança. E os campeões serão conhecidos no dia 17 de novembro, durante a Semana Internacional do Café (SIC), em Belo Horizonte.

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