Em nova reunião realizada na noite desta terça-feira, 08/02, o CONSEP (Conselho Municipal de Segurança Pública e Defesa Social) deu continuidade aos esforços na busca de soluções para uma questão muito séria em Manhuaçu: a situação da Usina de Reciclagem e Compostagem do Lixo.
Entre os presentes, o Diretor do SAMAL, Kilder Perígolo; Secretário M. de Meio Ambiente, Sandro Tavares; Comandante da 72ª Cia. PM, Capitão Túlio, e representantes da 2ª Cia. de Bombeiros Militar de Manhuaçu, além de expressiva participação dos conselheiros.
Atualmente, o aterro sanitário recebe cerca de oitenta toneladas de lixo diariamente. Quando se multiplica este montante de material descartado por aproximadamente 28 anos de existência naquele local, considerando que a usina foi inaugurada em 05 de novembro de 1994 (Aniversário da Cidade), tem-se a noção da dimensão e do volume do desafio.
Situada na parte alta do B. Santa Teresinha, a usina conta com vasta área onde os caminhões despejam o lixo recolhido no município todos os dias. Próximos ao local, estão o Bairro Santa Teresinha e o Conjunto Habitacional Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa, Minha Vida), do Governo Federal, além da APAC (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados).
Este desafio para o meio ambiente, em especial para o setor de saneamento básico local é que, com tantos anos de lixo depositado e somado ao crescimento populacional da cidade, a quantidade de resíduos sólidos aumentou consideravelmente, formando montanhas de material industrializado descartado.
Entre os problemas decorrentes deste acúmulo, a formação de chorume, que é o líquido malcheiroso e esverdeado gerado pelo lixo, que escorre morro abaixo; a concentração de gás metano, com risco de explosões; o envenenamento de nascentes no entorno, a poluição do ar causada por eventuais queimas criminosas do lixo, além do desagradável odor do ambiente para quem reside nas imediações.
Na reunião, o Diretor do SAMAL, Kilder Perígolo, mencionou os esforços para se encontrar soluções para este desafio.
Uma das principais alternativas é a mudança de local de funcionamento da usina, segundo o Diretor. No entanto, ele relatou a dificuldade de se encontrar terreno disponível no município, que possa acolher o lixo urbano e que esteja em conformidade com todas as exigências da legislação.
Kilder mencionou ainda a importância de a população colaborar com a separação do lixo, em casa e nos comércios, para auxiliar nas atividades de coleta seletiva, o que contribuirá com estes esforços.
Sargento Anízio Gonçalves, Presidente do CONSEP Manhuaçu, ressaltou que a entidade, em sua vertente de atuar na Defesa Social, quer possibilitar espaço para amplo debate e a busca de soluções para este desafio ambiental em Manhuaçu. Anízio agradeceu aos representantes do SAMAL e da Secretaria de Meio Ambiente pelo comparecimento e esclarecimentos prestados durante a reunião.