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Internet no campo passou de 49% para 55%

internet no campo

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta quarta-feira (14), os dados da Pnad Contínua que pesquisou o acesso à Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). De acordo com os números o percentual de domicílios brasileiros que têm acesso a internet subiu de 79,1% para 82,7%, de 2018 para 2019, o que representa alta de 3,6 pontos percentuais (p.p.). Mesmo assim naquele ano 12,6 milhões não tinham acesso. Os principais motivos apontados para a dificuldade de conexão são a falta de interesse, serviço caro e o fato de nenhum morador na residência saber utilizar a tecnologia.

O crescimento mais significativo aconteceu na zona rural do país. Em 2019 o índice saiu de 49,2% para 55,6% o percentual de acesso à rede. Com isso a diferença para a região urbana caiu, onde o acesso alcançou 86,7%. Nas áreas rurais, 19,2% dos domicílios não utilizavam internet porque não dispunham do serviço na localidade.

Conforme a pesquisa, houve crescimento em todas as grandes regiões, especialmente no Nordeste, com aumento de 5,2 pontos percentuais no período. Apesar disso, a região permanece como a que tem o menor percentual de domicílios com acesso à internet (74,3%).

Perfil de quem acessa

Os que mais acessam a rede são jovens, estudantes, mulheres, com rendimento médio per capita dos domicílios de uma média de R$ 1.527. Veja o detalhamento:

De acordo com a pesquisa, em 2019, entre os 183,3 milhões de pessoas (mais de três quartos da população brasileira) com 10 anos ou mais de idade no país, 143,5 milhões, ou seja, 78,3%, usaram a internet nos últimos três meses do ano. Os jovens adultos entre 20 e 29 anos foram os que mais acessaram a rede. Os estudantes usaram mais a rede (88,1%) do que aqueles que não estudantes (75,8%).

 

Em 2019, as mulheres que usaram a internet tinham percentual (79,3%) um pouco acima do apresentado pelos homens (77,1%). Nos grupos por idade, 77,7% estavam entre 10 e 13 anos.

A pesquisa apontou crescimento sucessivo nas faixas seguintes chegando a quase 93,0% nas faixas de 20 a 24 anos e 25 a 29 anos. O percentual começa a cair até atingir 45% no grupo de 60 anos ou mais.

Segundo o IBGE, entre 2018 e 2019, o maior crescimento foi nos grupos de 50 a 59 anos e de 60 anos ou mais de idade, com aumento de 6,3 p.p. em cada.

O rendimento médio per capita dos domicílios com acesso à internet era de R$ 1.527, valor que é mais que o dobro da renda dos que não usavam a rede e tinham renda de R$ 728. A mesma relação foi observada no rendimento médio per capita dos que usavam tablet para acessar a internet, que atingia R$ 3.223, enquanto nos que acessavam a rede pelo celular ficou em R$ 1.526.

Formas de conexão

O celular continuou sendo o equipamento mais usado para acessar a internet, o que ocorria em 99,5% dos domicílios. Na sequência vieram o computador (45,1%); a televisão (31,7%) e o tablet (12,0%). No caso do computador, houve redução de 3 pontos percentuais e, no de tablet, de 1,4, mas no uso da televisão, a alta foi de 8,4 pontos percentuais.

O percentual de domicílios do país em que o serviço de rede móvel celular funcionava, para internet ou para telefonia, passou de 89,2% para 89,9%, de 2018 para 2019. Na área urbana, cresceu de 92,4% para 93,2%, e na rural caiu de 68,5% para 68,2%.

O percentual dos que tinham telefone móvel em 2019 para uso pessoal chegou a 81% entre os que tinham 10 anos de idade ou mais. Os menores percentuais foram registrados pelas regiões Norte (69,7%) e Nordeste (72,4%). Nas demais regiões, os percentuais variavam de 85,7% a 87,3%. As mulheres tinham mais aparelhos para uso pessoal (82,5%) do que os homens (79,3%).

O uso da conexão por banda larga móvel (3G/4G) cresceu de 80,2% em 2018 para 81,2% em 2019 e o da banda larga fixa avançou de 75,9% para 77,9%.

Também na passagem de 2018 para 2019, a proporção de domicílios com os dois tipos de banda larga saiu de 56,3% para 59,2%, mas teve queda de 23,3% para 21,4% dentre os que só usam conexão móvel, o mesmo se repetindo entre os que usam só a banda larga fixa, que caiu de 19,0% para 18,1%.

Conforme a pesquisa, a conexão discada tem sido cada vez mais irrelevante, saindo de 0,6%, em 2016, para 0,4% em 2017 e 0,2%, em 2018 e 2019.
O percentual de domicílios com TV por assinatura variou de 31,8% para 30,4%, com redução de 34,3% para 32,4% em área urbana, e alta de 14,9% para 15,9% em área rural.

(IBGE)

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