Em reunião a portas fechadas e sem a presença de representantes da Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) e Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica), a Proifes-Federação (Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico) assinou nesta segunda-feira, dia 27 de maio, o Termo de Acordo sobre a reestruturação do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal, apresentado pelo governo federal aos Docentes da Carreira do Magistério Superior (MS) e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBBT), após 54 dias de greve e cinco rodadas de negociação.
A decisão vai contra o Andes-SN, que apresentou uma nova contraproposta ao governo e tem planos de continuar a greve em todo o país. Gustavo Seferian, presidente do sindicato, criticou o governo pela “reunião secreta” e denunciou a Proifes-Federação, afirmando que a entidade não possui carta sindical para representar os docentes na ocasião.
“A reunião de hoje foi mais um episódio de desrespeito para com os trabalhadores e trabalhadoras da educação em greve. Desrespeito pela falta de preparo, pelo desencontro de informações e pela frustração que tivemos, da parte do governo, de ter a legitimação de uma tentativa de golpe, de farsa”, apontou em entrevista à imprensa.
Greve no IF Sudeste MG
Os Comandos de Greve Locais do IF Sudeste MG, seguindo a orientação da Andes e Sinasefe, bem como outros sindicatos representativos dos servidores das 10 unidades como: SINTUFEJUF, ADJF, Sinasefe Rio Pomba e os comandos independentes, estão se reunindo desde os últimos dias 15 e 21 de maio para analisar a proposta para cada categoria: TAEs e docentes.
Em assembleias deliberativas que vem ocorrendo desde então, diversas unidades já votaram contra a atual proposta do MGI (Ministério de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e reforçam que a greve permanece e que o movimento continuará fortalecido enquanto não houver uma proposta satisfatória. Isso significa que não há nenhuma previsão, até o momento, de fim do movimento ou retorno às atividades letivas, considerando que todas as unidades estão com os calendários acadêmicos suspensos.
Para isso, estão sendo planejados para a próxima semana, atos públicos e movimentos das entidades para sensibilizar as comunidades locais de cada uma das 10 unidades (Barbacena, Bom Sucesso, Cataguases, Juiz de Fora, Manhuaçu, Muriaé, Rio Pomba, Santos Dumont, São João del-Rei, Ubá) e Reitoria.
A data prevista para o ato conjunto é dia 03 de junho, conforme orientação da nota do Sinasefe: “faremos no dia 3 de junho um Dia Nacional de Luta da Educação Federal e, até lá, devemos procurar as(os) parlamentares que dizem estar ao nosso lado, a fim de que atuem nesse processo, cobrando ao Governo e à ministra Ester Dweck que intervenham com Feijó, pressionando pela negociação legítima.”, finaliza a nota da entidade sindical.