O Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) terá recursos de R$ 5,9 bilhões para safra 2021/2022. O volume foi aprovado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) nesta quinta-feira (29).
Foi estabelecido o aumento de 21,86% para a linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC), passando de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,354 bilhão. Foram mantidos os valores do ano anterior para as demais linhas de crédito, ou seja, R$ 1,6 bilhão para operações de Custeio; R$ 2,2 bilhões para Comercialização, R$ 630,5 milhões para Capital de Giro e R$ 160 milhões para recuperação de cafezais danificados.
A isonomia das taxas de juros para as finalidades de crédito com recursos do fundo deverá ser tratada na próxima reunião do CMN.
O Funcafé foi criado na década de 1980 para financiar safras, equilibrar ofertas e desenvolver o setor de café. Esses recursos auxiliam não apenas nos custos necessários para a produção, mas também na estabilidade do setor cafeeiro, com o ordenamento da oferta. Com o Funcafé, os cafeicultores não precisam comercializar sua produção a qualquer custo para honrar suas despesas; até porque o fundo conta com recursos para aquisição de café direto dos produtores, aumentando a liquidez do mercado. Assim, evita-se que milhões de sacas entrem no mercado sem necessidade, derrubando os preços do café de maneira geral. No ano passado o orçamento do fundo foi de R$ 5,71 bilhões.
(AGROLINK)