O feijão-carioca voltou a ser vendido a R$ 300 por saca de 60 quilos FOB (Free On Bord), aponta o Ibrafe (Instituto Brasileiro do Feijão e Pulses). “Empacotadores começaram a se movimentar cedo nesta semana. Ontem foram muitos os negócios que ocorreram, mas, para isso, houve a necessidade de reajustar os preços”, afirma Marcelo Lüders, presidente da entidade mais representativa de pulses no Brasil.
“Alguns empacotadores relataram que vão precisar colocar mais compradores no campo, pois os lotes maiores em um lugar só estão mais raros. Até que se inicie a safra da região de Guaíra e do Vale do Araguaia, as compras serão garimpadas. Ao bater os R$ 300, ainda que com prazo, em alguns casos as referências ganham novo patamar de preços”, acrescenta.
Ainda de acordo com o Ibrafe, a partir de meados de junho haverá possibilidade de que ocorram colheitas na região do Vale do Araguaia: “Normalmente aquele Feijão-carioca é de excelente qualidade. Este ano, as informações enviadas por produtores e agrônomos fazem acreditar que tudo se alinha para que a qualidade seja excepcional. Lembramos que, no ano passado, quando aquelas colheitas entraram, os produtores firmaram as pedidas e os preços subiram cerca de 10%”.
“A expectativa dos produtores daquela região é que consigam o mesmo resultado. O Feijão do Paraná, comercial, deverá ter diminuição de colheita e oferta durante o próximo mês. Nos atuais níveis de preço, estão fluindo bem as vendas lá no varejo. O consumidor está acuado pelos preços dos alimentos e vai se acostumando a cortar o supérfluo e se concentrar em alimentos básicos”, conclui Lüders.
(IBRAFE)