As exportações dos Cafés do Brasil no mês de fevereiro de 2021 foram equivalentes a 3,3 milhões de sacas de 60kg, volume 9% maior do que o exportado em fevereiro de 2020. A exportação do café arábica foi responsável por 81,9% do volume total, ao atingir 2,7 milhões de sacas. O café conilon, com 312,3 mil sacas, alcançou 9,5% de participação, enquanto o café solúvel representou 8,5% do total, com 278,4 mil sacas exportadas. Tanto o café arábica quanto o conilon apresentaram aumento nos volumes exportados, de 8,5% e 42,7%, respectivamente, se comparado a fevereiro de 2020.
A receita cambial gerada em fevereiro de 2021 foi de US$ 423,7 milhões, com um aumento de 4,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Na conversão em reais, considerando a cotação média do dólar de aproximadamente R$ 5,42 no mês de fevereiro de 2021, o valor foi de R$ 2,3 bilhões, um aumento 30,6% quando comparado com a receita gerada em reais em fevereiro do ano passado.
A soma das exportações dos Cafés do Brasil de janeiro e fevereiro desse ano, atingiu o equivalente a 6,9 milhões de sacas, volume que representa um aumento de 6% quando comparado ao primeiro bimestre de 2020. A exportação de café arábica cresceu 6,7% no período ao atingir 5,8 milhões de sacas, enquanto o café conilon aumentou 25,1% com 553,8 mil sacas exportadas no primeiro bimestre de 2021.
Vale destacar, conforme os dados divulgados pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, no Relatório mensal fevereiro 2021, os dez principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, nos dois primeiros meses de 2021, num ranking em ordem decrescente. Em primeiro colocado, figuram os Estados Unidos, que importaram 1,3 milhão de sacas de café, as quais correspondem a 19,4% do total vendido no período; depois vem a Alemanha, com 1,2 milhão de sacas importadas (17,8%); Bélgica, em terceiro, com 561,8 mil sacas (8,2%); Itália, na sequência, com 514,2 mil de sacas (7,5%); e Japão, em quinta colocação, com 350 mil sacas (5,1%).
Na sequência, na sexta posição, vem a Colômbia, com 240 mil sacas (3,5%); Federação Russa, em sétimo, com 192,2 mil sacas (2,8%); França – oitavo – com 167,7 mil sacas (2,4%); a Turquia, nona colocada, com 155,1 mil sacas (2,3%); e, por fim, o Canadá, em décimo lugar, com a importação de 130,6 mil sacas, volume físico que corresponde a 1,9% das exportações dos Cafés do Brasil no período em foco. Neste contexto, merece destaque o fato de a Colômbia, um país produtor de café, figurar como o sexto país com mais aquisições do café brasileiro nesse período.
Os números e demais dados da performance das exportações dos Cafés do Brasil que permitiram realizar esta análise, entre várias outras informações relevantes do setor, constam do Relatório mensal fevereiro 2021, do Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Com relação especificamente aos cafés diferenciados – que são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis – o Brasil exportou o equivalente a 1 milhão de sacas de 60kg, no primeiro bimestre de 2021. Esse volume representou 14,9% do total exportado dos Cafés do Brasil nos dois primeiros meses deste ano, gerando uma receita cambial de US$ 173,7 milhões, o equivalente a 19,5% de toda a receita cambial gerada com as exportações brasileiras de café em 2021.
Assim, além desses destaques, no mesmo contexto em tela, os Relatórios mensais divulgados pelo Cecafé trazem ainda várias informações e análises sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil do consumo mundial de café, participação brasileira nas exportações mundiais de café, dados da balança comercial, etc. que valem a pena serem consultados.
(Chefia Adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café
Texto: Thiago Cavaton – MTb 12941/DF)