O Governo de Minas acaba de repassar R$ 1,5 milhão a 88 associações de catadores inscritas no programa Bolsa Reciclagem.
O montante que vai permitir a quitação de pagamentos pendentes desde o ano de 2014 até o terceiro trimestre de 2018 e faz parte de uma doação da empresa Gerdau Açominas e resulta de intermediação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e do Ministério Público de Minas Gerais junto à empresa.
A expectativa do governo estadual é fazer um novo pagamento de R$ 1,5 milhão em outubro, com recurso que faz parte de um esforço da atual gestão, por meio da Comissão de Orçamento e Finanças (Cofin). O repasse, que totaliza R$ 3 milhões e será usado para quitar as pendências, havia sido anunciado pelo governador Romeu Zema em julho deste ano.
Cadeia produtiva
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, comemorou a primeira parte do pagamento, que vai levar recursos para os catadores, categoria chamada empreendedores do bem. “O Bolsa Reciclagem não é um programa de assistencialismo, é um programa de valorização. Além daquilo que se produz com a retirada desses resíduos do meio ambiente, dando a eles a destinação adequada, a parte social é trabalhada com a valorização e integração desses empreendedores numa verdadeira cadeia produtiva do resíduo. O programa traz renda, geração de emprego e mais qualidade de vida aos catadores e benefícios ambientais”, afirma.
Após este pagamento realizado em setembro, restam pendências de parte do terceiro trimestre de 2018 e do quarto trimestre completo daquele ano. Segundo o subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco, a pasta segue trabalhando para captar mais doações que permitam colocar o Bolsa Reciclagem em dia.
Incentivo
Criado em 2011 por lei estadual, o Bolsa Reciclagem é um programa que concede incentivo financeiro trimestral para as cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis. O objetivo é estimular a separação, o enfardamento e a comercialização de materiais como papel, papelão e cartonados; plásticos; metais; vidros; e outros resíduos pós-consumo.
Hoje, o estado conta com 88 associações cadastradas e mais de 1,6 mil catadores beneficiados.
A conta para os pagamentos leva em consideração a produção trimestral dos catadores, dando um valor para cada tipo de material coletado. Ou seja, a remuneração é feita a partir da quantidade e do tipo de materiais que são coletados nas ruas dos centros urbanos de Minas Gerais.