A taxa de desocupação no Brasil recuou para 6,4% no trimestre encerrado em setembro de 2024, segundo a PNAD Contínua do IBGE, marcando a segunda menor taxa da série histórica. Esse índice reflete a recuperação de setores como Indústria e Comércio, que impulsionaram o crescimento da ocupação com a criação de mais de 700 mil postos de trabalho. Contudo, o setor agropecuário apresentou queda de 4,7% no contingente de trabalhadores em relação ao mesmo período de 2023, indicando desafios no mercado de trabalho rural.
Para o agronegócio, os dados do IBGE refletem a necessidade de se adaptar a novas realidades do mercado de trabalho. A alta mecanização e as mudanças climáticas têm exigido inovações e novas qualificações para manter a competitividade e ampliar as oportunidades de emprego no campo. Para reverter a tendência de queda, especialistas apontam para investimentos em qualificação técnica e para a importância da adoção de práticas de sustentabilidade, que podem gerar novas oportunidades de trabalho e desenvolvimento para o setor.
taxa de desocupação, que atingiu 6,4%, representa uma diminuição de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior (6,9%) e de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2023 (7,7%). O número de pessoas desocupadas caiu para 7 milhões, o menor índice desde janeiro de 2015. Essa trajetória reflete a crescente demanda por mão de obra na Indústria e no Comércio, setores que se destacaram ao absorver 709 mil novos trabalhadores no período.
Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, “a queda da desocupação é impulsionada pela ampliação do contingente de trabalhadores nas atividades econômicas mais dinâmicas”. Este crescimento foi especialmente evidente na Indústria, com aumento de 3,2%, e no Comércio, que registrou alta de 1,5% no número de ocupados.
Enquanto os setores urbano-industriais apresentaram expansão, o setor agropecuário registrou queda de 4,7% na sua população ocupada em comparação ao ano anterior. A retração representa desafios específicos, como a sazonalidade e questões relacionadas à mecanização e automação rural, que têm impactado o emprego no campo. A redução de postos no agro contrasta com a estabilidade de outros setores e com o crescimento dos setores industriais e comerciais.
No setor privado, o número de empregados com carteira assinada alcançou 39 milhões, um novo recorde. Além disso, o rendimento médio real das pessoas ocupadas atingiu R$ 3.227, representando um aumento de 3,7% em relação ao mesmo período de 2023. A massa de rendimentos também cresceu 7,2% na comparação anual, totalizando R$ 327,7 bilhões.
Fonte: Agrolink