O Brasil avançou na colheita de café do ciclo 2023/24, beneficiado pelo clima seco que predominou nas últimas semanas. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o final da semana passada, 95% da produção estimada em 66,5 milhões de sacas de 60 quilos havia sido colhida.
A qualidade da safra é um aspecto fundamental para a rentabilidade dos produtores e a preferência dos consumidores, e está diretamente relacionada à umidade dos grãos.
A umidade é a medida da quantidade de água presente nos grãos de café, e influencia os processos metabólicos que ocorrem neles. O teor de umidade no grão deve variar entre 10% e 12%. Grãos com umidade excessiva podem deteriorar-se mais facilmente, comprometendo o aroma, o sabor e o corpo do café. Por isso, é importante monitorar a umidade dos grãos em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a colheita até a indústria.
“A qualidade do café depende muito de como você faz o armazenamento e secagem. Se o café ficar exposto à umidade, ele pode ficar esbranquiçado e contaminado por fungos que comprometem o sabor e o valor do produto. Se estiver muito seco, ele pode quebrar na hora do beneficiamento e perder peso e valor”.
O armazenamento e a secagem do café são etapas fundamentais para garantir a qualidade e o aroma da bebida, mas também envolvem alguns desafios e cuidados que o produtor rural precisa ter. Um desses desafios é manter o equilíbrio entre a umidade e a secagem do café, que pode variar de acordo com o clima da região onde ele é cultivado.
Alguns cuidados devem ser adotados durante a secagem para garantir que os frutos e grãos fiquem uniformes e com o mesmo teor de umidade.
Um dos principais cuidados é determinar o ponto certo para encerrar o processo de secagem, definido pelo teor em porcentagem de umidade dos grãos, já que manter esse controle é fundamental para obter um café de alta qualidade e com sabor uniforme.
De acordo com portaria do Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro), após a secagem o ideal é que a umidade do grão se mantenha entre 10% e 12%, índices que seguem normas do Ministério da Agricultura.