O Estado de Minas Gerais é o maior produtor de café no Brasil, representando 53% da produção sendo que, desta, mais da metade passa por uma cooperativa no Estado segundo dados da Conab (2019). Os especialistas constataram fortes altas no mercado internacional do café nos últimos dias, resultado da alta do dólar, e da demanda de exportações principalmente pelos EUA.
Mas a previsão é que o pico da pandemia do Covid-19 no Brasil ocorra entre os meses de abril a junho, justamente quando se inicia a colheita do café, motivo de preocupação para os produtores, considerando que a maior parte da colheita é realizada manualmente, com trabalhadores vindos inclusive de outros Estados. O problema atinge, em menor escala, o produtor familiar que, em grande parte, realiza a colheita sem a contratação de mão de obra, o que não acontece com os médios e grandes produtores, principalmente da região da Zona da Mata, que não realiza colheita mecanizada por questões topográficas.
O Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC) aprovou, no último dia 13 de março, a proposta de distribuição dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para a safra 2020/2021 e, no dia 26, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou o orçamento recorde de R$ 5,71 bilhões, um aumento de 12,5% em relação a 2019, com aumento de capital para as linhas de custeio e comercialização.
(Fonte: Agrolink/ Conab/ CDPC)