Após uma batalha diplomática e negociações, o Brasil recebeu uma notícia positiva: a China decidiu não renovar a medida antidumping que incidia sobre as exportações brasileiras de carne de frango. Segundo informações do Mapa, a medida, em vigor desde 2019, aplicava uma sobretaxa considerável sobre o valor dos produtos importados, variando entre 17,8% e 34,2%, o que afetava a competitividade do setor avícola brasileiro no mercado chinês.
A notícia, que está valendo desde o dia 17 de fevereiro, representa uma virada importante para a indústria avícola brasileira, que há tempos buscava equilibrar a balança comercial com a China, o segundo maior consumidor mundial de carne de frango. A medida antidumping estava em vigor desde 2019, afetando diretamente mais de 14 empresas brasileiras que, por sua vez, comprometeram-se a praticar preços superiores a um limite mínimo estabelecido.
A decisão favorável à suspensão da medida antidumping foi alcançada após intensas negociações e o comprometimento do governo brasileiro em diversos fóruns e mecanismos bilaterais de cooperação realizados em 2023. O Brasil, como o maior exportador mundial de carne de frango, mantém na China o principal destino de suas exportações, superando a marca de U$ 1,9 bilhão em transações e mais de 679 mil toneladas embarcadas no último ano.
O fim da medida antidumping não apenas torna as exportações brasileiras de carne de frango mais competitivas no mercado chinês, mas também abre novas oportunidades para outros produtores brasileiros que, até então, enfrentavam dificuldades em competir devido às tarifas adicionais impostas.
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