Os contratos futuros do café tiveram semana negativa nos mercados internacionais, seguindo uma tendência baixista com o avanço da colheita no Brasil e a não previsão para ocorrência de frio intenso, com possibilidade de geada, no cinturão cafeeiro do país, o maior produtor mundial. A força do dólar comercial também pesou sobre as cotações.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento setembro/20 acumulou perdas de 445 pontos da sexta-feira passada até ontem, encerrando a sessão a US$ 0,9875 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento setembro/20 fechou a quinta-feira a US$ 1.197, recuando US$ 2 no agregado da semana.
Segundo a Somar Meteorologia, o clima no Brasil segue favorável ao andamento dos trabalhos de colheita. Uma frente fria que estava sobre o Sudeste se afasta pelo oceano no fim de semana. O serviço informa que o sol volta a predominar, sem possibilidade de chuva, com as temperaturas ficando amenas pela manhã e voltando a subir durante a tarde na Região.
Os ganhos na segunda e na terça-feira devido a preocupações sobre a disseminação do novo coronavírus no Brasil e os potenciais impactos na economia favoreceram um desempenho positivo ao dólar comercial na semana, apesar dos recuos na quarta-feira e ontem, motivados pelo anúncio de números melhores que o esperado de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. A moeda fechou a R$ 5,3436, com alta de 0,4%.
No mercado físico, o arábica recuou, mas em menor proporção do que no internacional, e o robusta pouco se alterou. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as cotações domésticas foram sustentadas pela retração vendedora, já que os produtores têm se concentrado nas entregas programadas, realizando poucos negócios no spot.
Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 492,33/saca e R$ 348,18/saca, com variações de -3,5% e 0,8%, respectivamente.