A sífilis é uma doença transmitida por relação sexual, é prevenível e tem cura, sendo o exame de diagnóstico e o tratamento oferecido pelo SUS, mas um aumento no número de casos da sífilis em Manhuaçu, tem preocupado a Secretaria Municipal de Saúde.
Desde 2010, os casos de sífilis têm aumentado em todo o estado de Minas Gerais, diante disso, a Secretaria de Estado de Saúde lançou junto às Secretarias Municipais de Saúde um Plano de Enfrentamento à Sífilis.
Em Manhuaçu, os postos de saúde estão preparados para fazer o teste rápido e também o tratamento da doença.
A Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Manhuaçu, Luane Mota de Sales, explica o objetivo deste plano. “Temos um prazo para cumprir esse plano, que é no período de 2021 a 2023. Ele consiste em identificar de forma precoce e tratar em tempo oportuno os casos de Sífilis Adquirida e a gestante, reduzir a ocorrência de sífilis congênita em todo o território estadual”.
Ainda segundo a coordenadora a preocupação maior é com as gestantes diagnosticadas com a doença, pois se não fizerem o tratamento correto, pode acarretar em problemas de saúde para a criança. “Vimos um quantitativo muito aumentado de sífilis congênita, e, esse aumento é porque a mãe não está se tratando corretamente durante a gestação. Com isso, temos crianças nascendo com sífilis congênita, o que é muito preocupante. Essa criança tem que ser monitorada, pois isso pode gerar alguns transtornos futuros para ela, porque a sífilis atinge o sistema nervoso central. Com isto, ela pode ter dificuldade de enxergar, dificuldade na escuta e várias lesões provocadas pela doença”, comentou.
Não é só a pessoa diagnosticada com a doença tem que passar pelo tratamento. O parceiro sexual também deve fazer. “Nós sempre orientamos que o parceiro tem que ser tratado. Se a pessoa se trata, mas o parceiro não, acontece a reinfecção, a pessoa trata de novo mas continua tendo relação com o parceiro que tá contaminado e não adianta nada. Vamos supor que a pessoa tenha cinco parceiros, tem que tratar os cinco parceiros, não adianta tratar um parceiro só”, explica Luane Sales.
A coordenadora também explica que as pessoas não devem deixar de procurar o posto de saúde ou um médico particular caso percebam algum sintoma. “Nós temos trabalhado em parceria principalmente com as instituições privadas, os laboratórios, os consultórios particulares, para que façam a notificação compulsória. As pessoas podem ficar tranquilas, pois os dados são sigilosos, trabalhamos com pessoas preparadas e discretas. O importante é a pessoa ser diagnosticada e se tratar, para que não haja complicações futuras”.
(SECOM Prefeitura de Manhuaçu)