O Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos divulgou o balanço do agronegócio de Minas Gerais no ano de 2021. Além da pandemia destaque para as adversidades do clima que impactaram algumas culturas.
De janeiro a novembro o setor movimentou R$ 120,061 bilhões, uma pequena retração de 0,1%. Na agricultura, seca e geada, impactaram mais fortemente, e a queda chegou a -1,4%, com movimentação de R$ 70,3 bilhões. Já na pecuária, apesar do embargo à carne chinesa que prejudicou os resultados, ainda foi registrada alta de 2%, favorável ao balanço final. Nesse segmento foram movimentados R$ 49,6 bilhões.
O café foi a cultura mineira mais atingida pelas intempéries climáticas. Como o ano ainda foi de bienalidade baixa, a queda foi expressiva. A colheita de 21,4 milhões de sacas representou queda de -38,1%, tendo em vista igual período do ano passado, segundo o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Também foi registrada retração de -8,1% na safra de cana-de-açúcar, somando 64,8 milhões de toneladas. Mas florestas plantadas e a produção de carne bovina cresceram. A silvicultura ocupou 2,1 milhões de hectares, avanço de 1,4%. E foram 2,5 milhões de cabeças abatidas de janeiro a novembro. Alta também no frango, com 1.110 mil de toneladas de carne produzidas (de janeiro a novembro), avanço de 3,5% frente a 2020 e nos ovos foram 223,47 milhões de dúzias, queda de -5,8%. Por fim no leite foram 9,33 bilhões de litros, baixa de – 3,7%.
Já nos grãos foram 15,45 milhões de toneladas na safra 2020/2021. Os grandes responsáveis pela produção mineira foram o milho e a soja, que corresponderam a 14 milhões de toneladas produzidas, 91% da produção de grãos de Minas Gerais. A produção mineira de algodão teve queda de 30% e na soja ultrapassou a marca de 7 milhões de toneladas produzidas no estado, totalizando 7,02 milhões de toneladas, cultivada em 1,9 milhão de hectares.
Outra alavanca do agronegócio mineiro tem sido o comércio exterior. De janeiro a novembro, o setor exportou US$ 9,51 bilhões, com alta de 9,03% frente a 2020. A valorização das commodities impulsionou os ganhos. E a perspectiva é de que a soma dos 12 meses de 2021 seja recorde. Os produtos mineiros foram para 174 países, sendo a China o principal comprador. Dentro da pauta do agronegócio, apesar da queda, o café segue como o item de maior peso.
“No frigir dos ovos de 2021, o balanço do agronegócio mostra um ano difícil, mas aponta para um produtor rural mineiro com jogo de cintura para contornar os problemas. Disposição, diversidade e flexibilidade ajudaram a manter o setor como um dos maiores sustentáculos da economia mineira”, conclui o presidente do Sistema FAEMG, Antônio de Salvo.
(Fonte: SENARMG e Agrolink)