A broca-do-café é uma praga de extrema importância que atinge todas as regiões de café do mundo. Para controle, portanto, é muito importante, após a colheita, realizar a catação de frutos remanescentes nos pés de café. Assim como fazer a varrição, que consiste em juntar e recolher os frutos de café caídos ao chão.
Broca-do-café
De antemão, a broca-do-cafeeiro (Hypothenemus hampei) é um besouro (Coleoptera: Scolyti dae). As fêmeas adultas medem, aproximadamente, 1,7mm de comprimento e 0,7mm de largura. São elas que atacam a coroa do fruto, fazendo galerias e perfurando os grãos.
Assim, fazem ali a postura e depositam seus ovos. As larvas que nascem desses ovos comprometem e inviabilizam a qualidade da semente, causando diversos prejuízos. Como, por exemplo, a queda prematura dos frutos quando perfurados, representando uma perda adicional na produtividade.
Outro prejuízo é com a perda de qualidade do café, pois os grãos brocados representam defeitos. Significando, dessa forma, uma qualidade inferior na hora da classificação e na comercialização. O ataque depende da época da floração, com preferências nos frutos chumbão para à granação.
Monitoramento
Antes de mais nada, o monitoramento deve começar quando os frutos atingirem as fases de expansão / granação. Nesse sentido, fazendo a contagem dos frutos ou armadilhas para acompanhar o controle comportamental da praga.
O nível de controle é entre 3% a 5%, pois estão ocorrendo várias floradas no decorrer do ano. E é muito relevante esse olhar clínico para fazer as recomendações e ter uma melhor eficiência no controle.
Por outro lado, o manejo cultural da lavoura vem de uma colheita bem feita, com a retirada de frutos da planta e do chão. Reduzindo a possibilidade de sobrevivência dessa praga para a próxima safra. E, também, evitar que o ciclo se complete e, consequentemente, a população da praga na área será reduzida.
Manejo de pragas
Aliás, o controle químico deve ocorrer quando no monitoramento “Manejo Integrado de Pragas” (M.I.P.) a infestação atingir o nível de controle. Dessa forma, tal controle deverá ser feito com inseticidas registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Deve-se priorizar, inclusive, o uso dos produtos com maior eficiência de controle e com menor toxicidade. E, ainda, que ofereçam o menor impacto ao meio ambiente e ao aplicador.
A observação da época de aplicação, dose recomendada, tecnologia de aplicação, período de carência são de grande relevância ao utilizar essas tecnologias. Sobretudo, sempre é recomendada a utilização de Equipamentos de Proteção Individual (E.P.I.) para o aplicador.
É importante, em síntese, relatar o treinamento dos aplicadores, o cumprimento das normas de armazenamento de produtos e descarte de embalagens vazias.
Controle biológico
Acima de tudo, o controle biológico é uma prática de grande importância para domínio da broca-do-café, favorece o meio ambiente e a manutenção dos inimigos naturais. Beneficiando, também, o controle da praga.
O grande destaque é a Beauveria bassiana, fungo que parasita mais de 200 espécies de artrópodes. Por meio do contato direto com o alvo, afinal, esse fungo germina na superfície do inseto, penetrando no tegumento e colonizando-o internamente. Liberando, por fim, toxinas e levando o inseto à morte.
Em conclusão, para mais informações sobre o manejo integrado de pragas, os cooperados da Cooxupé podem procurar um técnico da cooperativa.
Fonte: Hub do Café