sábado , 23 novembro 2024
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Meu precioso (grão): na busca pela qualidade, cafeicultor se capacita e até personaliza peneira

Cafeicultor Anadison - Espera Feliz

“Eu achava que estava colhendo cafés especiais, mas, depois dos cursos, mudei muito o jeito de trabalhar”. O depoimento é do cafeicultor Anadison de Souza, participante do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Café+Forte e egresso dos cursos de Colheita e Pós-colheita (via seca e via úmida) e Colheita e Preparo, oferecidos pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, em parceria com o Sindicato dos Produtores Rurais de Espera Feliz. Há três anos investindo na produção de cafés de qualidade, foi a primeira vez que Anadison fez treinamentos do Sistema FAEMG/SENAR/INAES voltados para a cafeicultura. O aprendizado o levou a usar as técnicas corretas e se atentar ao melhor estágio de maturação para a colheita, a fim de conseguir cafés com pontuações mais altas.

 

Na pós-colheita, a busca por mais qualidade e praticidade, especialmente na etapa de classificação dos grãos, levou o produtor confeccionar uma peneira que facilita e agiliza o processo. Vale destacar que, quanto maior o percentual de peneiras grandes, ou seja, maiores grãos, mais valorizado é o café. Por isso a importância dessa separação na produção de café especiais.

 

Para fazer a peneira, Anadison usou uma chapa que mede 100×50 centímetros e tem furos 16, encontrada no mercado, que foi colocada em uma estrutura de madeira. Para facilitar o uso, a peneira fica suspensa por cordas, e suporta cerca de seis quilos de café de uma só vez, quantidade muito superior à capacidade das peneiras que o cafeicultor usava na propriedade, que têm cerca de 20 centímetros e capacidade para 400g de café. O produtor explica no vídeo:

“A classificação física por tamanho de fruto permite que o cafeicultor aumente o preço de venda do café a partir da colheita. Separando frutos que têm diferentes valores no mercado, ele consegue comercializar os produtos para os segmentos compatíveis, sem desvalorização. Além disso, após a separação, formam-se grupos mais homogêneos de frutos, contribuindo para uma secagem mais rápida e de maior qualidade”, explicou o engenheiro agrônomo e instrutor dos cursos, Milton Flores.

 

“Os cursos nos ajudaram a mudar a mentalidade dos produtores de Espera Feliz e têm feito a diferença na vida deles. O Anadison é um exemplo de como os ensinamentos foram para a prática. Ele está muito satisfeito, e nós também”, comentou o mobilizador do Sindicato dos Produtores Rurais de Espera Feliz, Leonardo Chaves.

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