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Guerrilha do Caparaó: há 54 anos guerrilheiros eram capturados por Policiais do 11º BPM

Há exatos 54 anos, em 03 de abril de 1967, policiais do 11º BPM capturavam os últimos oito guerrilheiros que se encontravam na Serra do Caparaó. Eles integravam o MNR (Movimento Nacional Revolucionário), que era apoiado por Leonel Brizola (Ex-governador do RS e Deputado Federal exilado) e Fidel Castro (na época, Primeiro Ministro de Cuba).
Ao todo, vieram quatorze para a região.
Conforme livro e filme documentário, era intenção dos mesmos instalar na Serra do Caparaó um QG, tal qual ocorreu na Sierra Maestra, em Cuba.

POR QUE CAPARAÓ?

Eles consideravam estratégica a posição do Caparaó, por sua proximidade com as capitais Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Vitória, com a vantagem de a ferrovia passar por aqui.
A ideia era, após praticar os atos de guerrilha nestas cidades, retornar escondidos no trem, até chegar em Caparaó, onde se refugiariam e planejariam novas ações.
Chegaram por aqui no final de 1966.
Compravam mantimentos à vista nas mercearias de Alto Caparaó e praticavam assaltos à agência do Banco do Brasil em Espera Feliz, com a alegação de que o dinheiro era para a causa.
No entanto, ao contrário do ocorrido em Cuba, a população local (Alto Caparaó e Caparaó) não aderiu, e, em sua grande maioria, nem compreendia a presença daquelas pessoas estranhas circulando a região.
De acordo com tese de Mestrado publicada por Professor Plínio em revista de circulação nacional, em pesquisa realizada nos anos 2000, junto aos moradores mais antigos, constatou-se que a maioria achava que os guerrilheiros eram simplesmente bandidos ou ladrões de gado, em razão do hábito de os mesmos subirem rumo ao pico, diariamente, no começo do anoitecer, e só retornarem no dia seguinte.
Capturados, os guerrilheiros foram trazidos para o antigo batalhão, no B. Engenho da Serra.
Com suspeita de que alguns poderiam estar com tuberculose ou mesmo a peste bubônica, o comandante da época solicitou o comparecimento do Médico Dr. Michel Hannas para avaliar as condições dos presos (momento em que a foto foi registrada).
Em seguida, eles foram conduzidos para o presídio de Juiz de Fora (MG).

 

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