A cultura do café conilon (Coffea canephora) está caindo no gosto dos produtores mineiros. Com o crescimento da produção vem a necessidade de capacitar mão de obra específica e o Sistema FAEMG/SENAR/INAES já preparou treinamentos voltados para a espécie, que exige um manejo diferente do café arábica. A equipe do SENAR MINAS e dois instrutores convidados trabalharam por três dias na criação de seis novos treinamentos, que estarão disponíveis na próxima semana.
“Convidamos os instrutores Guilherme Antônio Ferreira e Letícia Amorim Altoé, especialistas em café conilon, para elaborarem os novos cursos com foco nos manejos culturais da espécie”, contou a gerente pedagógica do SENAR MINAS, Mírian Rocha. O analista de Formação Profissional Rural do SENAR MINAS, Luiz Felipe Xavier também participou dos trabalhos.
O SENAR MINAS já tem vários cursos voltados para o café arábica, e agora também conta com os seguintes, voltados para o café conilon:
- Produção de Mudas Clonais
- Implantação da Lavoura
- Adubação
- Monitoramento de Pragas e Doenças
- Poda Manual
- Colheita Manual
“Temos ainda o curso de Manutenção e Operação de Máquinas de Beneficiamento de Café Conilon, elaborado pelo instrutor Marcelo Lucca”, acrescenta Mírian.
Ganho econômico e produtivo
Segundo informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), hoje o café conilon (também conhecido como robusta) representa cerca de 25% do mercado brasileiro de café. Seu preço de venda é menor em relação ao café arábica, mas o volume de produção e seu manejo mais barato acabam compensando e garantindo a lucratividade da cultura. Atualmente, o conilon é cultivado principalmente no Espírito Santo, Bahia e Rondônia, concentrando 95% da produção nacional.
As diferenças entre as espécies também estão na produção das mudas. “São usadas estacas de propagação e não sementes. A implantação da lavoura é feita por meio de aberturas de sulcos com revolvimento do solo apenas no local do plantio, além de ser necessário a presença de diferentes clones dentro de uma lavoura, pois a planta não permite a autofecundação”, explicou o analista Luiz Felipe Xavier.
(CNA)