A consultoria Spark Inteligência Estratégica divulgou o estudo BIP (Business Inteligence Panel) apontando avanço na adesão de agricultores brasileiros a produtos de base biológica para controle de pragas e doenças Safra 2019-20. Conforme a Spark, em matéria do portal especializado Agropages, esse mercado já movimenta R$ 930 milhões no país, ou US$ 237 milhões, equivalentes a cerca de 2,5% do faturamento local do setor de proteção de cultivos, hoje da ordem de US$ 12 bilhões anuais.
Segundo a Spark, que analisa o desempenho dos biológicos no mercado brasileiro há três safras, no período 2019-20 o segmento apresentou crescimento de 46% em reais e 34% em dólares, na comparação à safra anterior (2018-19). A chamada área potencial tratada (PAT), conforme a consultoria, também subiu 23%, para 19,4 milhões de hectares, nas regiões cobertas pelo levantamento BIP.
A maior demanda por defensivos biológicos está atualmente concentrada nas culturas de soja (59% do mercado total), cana-de-açúcar (27%) e algodão (6%). A adesão aos insumos, ainda segundo a consultoria, tende a crescer nos próximos anos nas lavouras de milho, café, feijão e hortifruticultura. Por categoria de produtos, adianta a Spark, os bioinseticidas lideram entre os mais vendidos, com 41% de participação, seguidos de bionematicidas (35%) e biofungicidas (24%).
Conforme avaliação da Spark, a tendência de integração dos biológicos ao manejo do produtor se mostrou consolidada no levantamento BIP, impulsionada pelo aumento da oferta de produtos do gênero e pelo surgimento contínuo de inovações tecnológicas na área.
Para o coordenador de projetos da Spark Inteligência Estratégica, Lucas Lima Alves, a multiplicação de informações técnicas no campo em relação a ferramentas de controle biológico contribui, igualmente, na expectativa de alta quanto ao desempenho econômico desses produtos nas próximas safras.
“A necessidade de utilização alternada de produtos com diferentes modos de ação, para conter a resistência de pragas a ingredientes ativos, deverá levar naturalmente o agricultor a integrar ferramentas biológicas ao chamado manejo padrão”, conclui o executivo.
(Agropages/ Agolink)