Com raízes mais fortes a planta aumenta potencial produtivo
Os nematoides também atacam o café, especialmente os do gênero Meloidogyne. Um estudo do Instituto Biológico, da secretaria da Agricultura de São Paulo, estima que a produção mundial seja reduzida em 15% devido a este problema, número que aumenta em terras brasileiras: 20% do que é produzido pelo cafeicultor não chega ao mercado.
Os danos são muitos e ocorrem principalmente em solos arenosos, com baixa fertilidade e deficiência hídrica, como explica o engenheiro agrônomo e representante de vendas da Biotrop, Gustavo Romero: “as plantas ficam com tamanho desigual, formando reboleiras na cultura. As folhas podem ficar com coloração anormal, cloróticas, semelhante a sintomas de deficiência nutricional. Resulta na diminuição da produção, muitas vezes inviabilizando o cultivo”.
Soluções naturais podem ser muito eficientes no combate. Exemplo disso é um bionematicida lançado pela Biotrop, que reúne a tecnologia japonesa Hayai e uma cepa de altíssima eficiência (2657) de Bacillus subtilis, estudada há mais de 20 anos. Com o nome de Furatrop o produto tem grande velocidade de ação no solo, controlando os nematoides.
A bactéria age de três maneiras diferentes contra os nematoides no cafezal. A primeira é por meio de antiobiose, atuando diretamente sobre os nematoides (por exemplo atuando sobre a parede celular do verme). A segunda forma é por competição, formando um biofilme protetor nas raízes das plantas que desorienta os nematoides e forma uma barreira física que evita que cheguem às raízes. Por fim, atua na indução de defesa das plantas, tornando-as mais resistentes. “O Furatrop protege a raiz quando a bactéria coloniza a rizosfera, confundindo os vermes”, aponta o engenheiro agrônomo.
O especialista ainda explica que um dos grandes segredos é um solo nutrido e rico em matéria orgânica, o que favorece a biota. O bionematicida também age assegurando um solo mais saudável, com raízes mais fortes que permitem absorver melhor água e nutrientes e combates os estresses. O resultado é cafezal mais saudável e produtividade.
(Agrolink)