Indivíduos expostos aos agrotóxicos apresentam maior número de danos oxidativos
Os efeitos do contato direto com os agrotóxicos e os danos oxidativos provocados no organismo de trabalhadores rurais. O estudo é da estudante Bruna Cussioli, do curso de Biomedicina da Universidade do Vale do Taquari (Univates), de Lajeado (RS).
O estudo analisou 55 pessoas sendo 28 que usam defensivos agrícolas e 27 que não têm contato no município de Anta Gorda (RS), local que tem agricultura como base. Foram coletadas amostras de sangue dos participantes, a fim de analisar os valores de nitritos e lipoperoxidação no organismo. Além disso, ela ainda desenvolveu um questionário para verificar hábitos de vida e as práticas na agricultura.
Os resultados mostraram que indivíduos expostos aos agrotóxicos apresentam maior número de danos oxidativos em comparação ao grupo não exposto. Outro ponto analisado refere-se ao consumo de frutas cítricas (que são consideradas antioxidantes). Foi observado que o consumo de frutas cítricas pode prevenir os danos oxidativos provocados pelas espécies reativas de oxigênio, minimizando os riscos de complicações à saúde.
Outra análise feita pela estudante refere-se ao uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que diminui consideravelmente o dano lipídico. Nas dosagens de nitritos, valores maiores foram encontrados quando o trabalhador eventualmente utiliza os equipamentos de proteção. “Eu avalio os resultados encontrados como satisfatórios, pois de acordo com a pesquisa ficou evidente a importância de usar corretamente os EPIs durante as práticas agrícolas, respeitando sempre as orientações do fabricante. A partir das informações e resultados obtidos, podemos contribuir com orientações de cuidado e proteção aos produtores rurais”, explica Bruna.
De acordo com a professora orientadora, estudos como este reforçam a necessidade da utilização de equipamentos de proteção ao manusear os agrotóxicos. “O estudo foi muito relevante, ressaltando a importância do uso de EPIs corretamente e do consumo diário de frutas cítricas ricas em antioxidantes”, destaca Andrea Horst, orientadora da pesquisa.
(Fonte: Agrolink)