As exportações globais de café caíram 11% em julho na comparação com mesmo mês do ano passado, para 10,61 milhões de sacas, disse a Organização Internacional do Café (OIC) nesta terça-feira, ao projetar um pequeno superávit global de oferta na temporada 2019/20.
A OIC ainda vê o consumo global de café crescer 0,3% na safra 2019/20 (que começou em outubro e vai até setembro) apesar da pandemia, atingindo 168,39 milhões de sacas.
Com produção prevista em 169,34 milhões de sacas, o balanço de oferta aponta para um superávit de 952 mil sacas.
Embora pequeno, o superávit é uma reversão da projeção mensal divulgada em agosto, quando a organização intergovernamental previu déficit global de 486 mil sacas.
O relatório considera a produção do Brasil no ano passado, que foi de 58 milhões de sacas. A safra atual do país, que será contabilizada na temporada global 2020/21, está estimada em um recorde próximo a 68 milhões de sacas.
O crescimento de 0,3% do consumo esperado para o ciclo atual fica atrás do avanço médio de 2,2% verificado nas últimas duas décadas.
“Um aumento na demanda no início da pandemia global e o maior consumo no lar ajudaram a limitar a queda na demanda, mas a segunda metade do ano cafeeiro enfrenta a pressão contínua de uma recessão econômica global e de uma recuperação limitada do consumo fora do lar”, disse o relatório da OIC.
Os preços do café subiram para máximas em mais de oito meses nesta terça-feira, com fundos aumentando suas posições compradas em várias commodities agrícolas.
(Reuters/ Marcelo Teixeira)