Segundo análise do engenheiro agrônomo Ismael Rocha, publicada no LinkedIn, as previsões climáticas para março de 2025 indicam uma possível recuperação da umidade em algumas regiões produtoras de café, amenizando a estiagem severa que afetou Espírito Santo, Sul da Bahia e parte da Zona da Mata Mineira. Mapas de precipitação do INMET mostram que essas áreas ficaram mais de 25 dias sem chuvas, o que impactou diretamente a cultura do café Conilon. Agora, a expectativa é de melhora nas condições climáticas, com chuvas significativas em algumas regiões e estabilidade em outras.
No Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Mogiana, espera-se acumulados entre 150 e 200 mm, o que pode favorecer a recuperação das lavouras. No Oeste da Bahia, onde a estiagem foi severa, as chuvas devem ficar dentro da média, contribuindo para a recuperação hídrica. Já no Espírito Santo, Sul da Bahia e Zona da Mata, apesar do recente retorno das chuvas, a falta prolongada de umidade pode comprometer a granação dos frutos, afetando a qualidade final da produção. Em Rondônia, as precipitações devem permanecer dentro ou ligeiramente acima da média, proporcionando boas condições para o café Conilon.
A continuidade da estiagem em algumas regiões pode resultar na redução do peso e do tamanho dos grãos, impactando a produtividade. Se a seca persistir por mais algumas semanas, a colheita pode ser antecipada, afetando o planejamento dos produtores e os preços do café no mercado. Regiões como Sul de Minas, Cerrado e Paraná ainda precisam de monitoramento constante para avaliar se receberão chuvas adequadas. Diante desse cenário, produtores devem acompanhar as previsões meteorológicas, reforçar práticas de manejo como cobertura vegetal e plantio em curva de nível para retenção de umidade, além de intensificar a irrigação nas áreas mais críticas.