As exportações brasileiras para os 22 países da Liga Árabe aumentaram em 30,31% nos primeiros quatro meses do ano, totalizando US$ 7,395 bilhões. Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas vendas de açúcar, carnes (bovina e de frango) e commodities minerais, especialmente minério de Ferro.
Esses produtos foram responsáveis por uma parcela significativa, atingindo 76% das receitas geradas, e foram negociados a preços mais elevados. Tamer Mansour, representante da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, enfatiza a robustez das economias árabes, especialmente as do Golfo, que mantêm um ritmo de investimento contínuo em infraestrutura e alimentos para reexportação. Além disso, os Emirados Árabes Unidos se destacaram como o principal destino das exportações brasileiras nessa região em particular.
“O país tem 46 zonas francas, de processamento de exportações, que fazem dele um grande reexportador de alimentos para todo o mundo islâmico. Cresceram também as exportações brasileiras para Omã, que, assim como o vizinho, utiliza sua posição estratégica para potencializar a triangulação de mercadorias”, explicou Mansour.
Ele espera que o comércio continue forte nos próximos meses, especialmente porque o próximo quadrimestre é tipicamente marcado pelo reforço dos estoques de alimentos nos países árabes, tanto para consumo local quanto para triangulação. Além disso, espera-se um novo período de acumulação de mercadorias no último quadrimestre do ano, em preparação para o Ramadã de 2025, o mês sagrado dos muçulmanos, quando as exportações geralmente diminuem temporariamente.
Leonardo Gottems/ Agrolink