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Em novembro, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), o acumulado de chuva foi de 65 mm em Manhuaçu e em Patrocínio (ambos em MG).
Na ocasião, agentes do setor cafeicultor brasileiro estiveram atentos e preocupados com os impactos do clima sobre as lavouras. Esse cenário, aliado aos menores estoques certificados da Bolsa de Nova York (ICE Futures), impulsionou os preços do café em novembro. Consequentemente, a liquidez no spot nacional esteve aquecida em alguns períodos do mês.
Diante da atuação do fenômeno climático El Niño, uma onda de calor foi registrada em meados do mês – as temperaturas chegaram a ficar acima dos 42ºC em algumas fazendas.
Posteriormente, foram observados fortes temporais acompanhados de ventos (que atingiram os 70 km/hora, segundo a Climatempo) e queda de granizo em algumas localidades. Esses fatores acarretaram em danos em diversas lavouras.
Neste momento, as floradas estão evoluindo para os chumbinhos na planta, mas tais intempéries climáticas estão causando um número elevado de abortamento das flores/chumbinhos. Levando-se em consideração a fisiologia do cafeeiro, é comum que parte dos chumbinhos caia dos pés, mas os produtores estão apreensivos, já que a queda está ocorrendo de forma acima do normal. Além disso, em regiões produtivas do Sudeste e em Rondônia, as chuvas estão irregulares e insuficientes para o enchimento correto dos grãos.
Assim, com expectativas ainda incertas a respeito do volume a ser colhido na safra 2024/25, os valores de negociação do grão estão em alta, tanto para o arábica, quanto para o robusta.
No encerramento de novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, se aproximou dos R$ 945/saca de 60 kg, sendo este o maior valor nominal desde 19 de junho deste ano.
A média de novembro foi de R$ 888,00/saca, 58 Reais/sc (+7%) acima da de outubro.
Para o robusta, as cotações se aproximaram dos R$ 700,00/sc no dia 30 de novembro.
Ressalta-se que a menor produção no Vietnã e, consequentemente, a redução no volume disponível para exportação elevaram a procura pela variedade brasileira. Em novembro, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, teve média de R$ 660,62/sc de 60 kg, aumento de 2,5% frente à de outubro.
No front externo, os aumentos também foram consideráveis.
No dia 30 de novembro, o contrato com vencimento em Março/24 fechou a 184,70 centavos de dólar por libra-peso na Bolsa de Nova York (ICE Futures), elevação de 7,3% frente ao dia 16 de novembro – data em que ocorreu a rolagem dos contratos negociados.
Fonte: CEPEA ESALQ/ USP.
