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Produção de café é responsável pelos melhores resultados do PIB em cidades do ES

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Dos 78 municípios do Espírito Santo, 64 registraram expansão do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto 14 deles mostraram retração, repercutindo mais intensamente os impactos da pandemia.

As maiores variações positivas foram encontradas nos municípios de Irupi (+49,5%), Brejetuba (+40,9%) e Ibitirama (+39,5%), reflexo dos ganhos nas culturas de café arábica devido à bienalidade positiva.

Os números relativos ao PIB dos Municípios do Espírito Santo de 2020 foram apresentados nesta semana pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN). A publicação traz os dados oficiais daquele ano, calculados em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Na coordenação de Estudos Econômicos do Instituto Jones temos três estudos que analisam o PIB do Espírito Santo. O PIB Estadual e o PIB dos municípios capixabas, com dados oficiais calculados em parceria com o IBGE, que possuem defasagem de dois anos. Temos ainda o PIB Trimestral, com metodologia desenvolvida por nossos pesquisadores, com dados mais atualizados, buscando diminuir essa defasagem temporal”, detalhou o diretor de Integração do Instituto Jones, Pablo Lira.

Devido aos efeitos provocados pela pandemia de COVID-19 na economia, o PIB capixaba registrou fraco desempenho, passando de R$ 137,4 bilhões em 2019 para R$138,5 bilhões em 2020. Apesar do crescimento nominal, em termos de produção física agregada, a variação foi de -4,4% na comparação com o ano anterior.

Pela ótica da produção, o setor que mais influenciou o resultado nominal da economia do Estado em 2020, foi a Agropecuária, com crescimento de +25,8% e, de forma menos intensa, a Indústria (+3,2%). Em Serviços, a variação foi negativa (-2,5%).

O estudo revela ainda que oito das dez microrregiões capixabas registraram expansão no valor do PIB em 2020. A Região Metropolitana computou o maior crescimento por influência dos municípios de Viana e Vitória, seguida da Central Sul que foi impactada principalmente por Castelo. Já as microrregiões Litoral Sul, afetada pelos municípios produtores de petróleo e gás, e a Rio Doce, por Aracruz e João Neiva, apresentaram redução.

Já as maiores perdas foram registradas em São Domingos do Norte (-44,8%), na fabricação de produtos de minerais não-metálicos; e Presidente Kennedy (-34,7%), Itapemirim (-32,9%) e Marataízes (-31,5%), devido ao resultado da Indústria Extrativa Mineral, prejudicada pela retração nos preços e na produção de petróleo e gás natural.

Em relação ao PIB do Brasil, o município de Vitória retomou a primeira posição de maior economia do Estado, ficando em 16º lugar entre as capitais e 39º entre os municípios do país. Já o município da Serra retornou ao segundo lugar na economia estadual e caiu da 33ª para 40ª posição no Brasil.
“O resultado de Vitória foi influenciado fortemente pelo desempenho da atividade de produção de pelotas de minério de ferro pela Vale, beneficiada pela alta nos preços do produto. No caso da Serra, o desempenho da metalurgia é que foi afetado”, explicou o coordenador de Estudos Econômicos do Instituto Jones, Antonio Ricardo da Rocha.

Em termos per capita, o município de Presidente Kennedy continua liderando o ranking estadual, com o valor de R$ 301.475. Isso representa quase nove vezes mais que o valor do PIB per capita do Estado, que é de R$ 34.066. Na classificação nacional, o município caiu para a 8º posição, perdendo a liderança que durava desde 2018 para Canaã dos Carajás, município situado no Pará.

O Instituto Jones atualizou ainda o painel interativo que contém os dados do PIB dos municípios capixabas. Lá é possível personalizar filtros de buscas e obter informações por município, microrregião e séries históricas entre os anos de 2002 e 2020.

Fonte: Folha Vitória

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