Exóticas e nutritivas as pequenas frutas de clima temperado têm ocupado um espaço cada vez maior na dieta dos brasileiros. Com clima e logística de comercialização favorável, diversos municípios do Sul de Minas e da Serra da Mantiqueira têm potencial para o cultivo de espécies como amora-preta, framboesa, morango, mirtilo e fisális, dentre outras.
Quando comparadas a outras frutas a produção ainda é pequena. Trabalhos conduzidos pela vinculada da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) -, em Maria da Fé, têm incentivado o cultivo dessas frutas por meio de orientações sobre tratos culturais e cuidados pós colheita. A cultura é uma boa opção de renda para pequenos produtores, por meio de práticas agroecológicas e orgânicas.
Conhecidas como berries, estas frutas se destacam no mercado pelas propriedades nutracêuticas (combinam nutrição e farmacêutica) e também por serem consideradas antioxidantes. “A divulgação dos benefícios do consumo das pequenas frutas para a saúde fazem aumentar a procura por parte do público”, afirma o pesquisador da Epamig, Emerson Gonçalves. A produção abastece os mercados consumidores de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro com frutas in natura, congeladas e para a produção de geleias e doces.
O manejo das plantas não é muito complexo. “A amora-preta é bem rústica e quase não apresenta problemas fitossanitários. Já a framboesa e o morango são culturas que requerem mais atenção”, avalia Emerson Gonçalves. Outro ponto a ser observado é a exigência hídrica das plantas, que são muito sensíveis à falta de água, mas não se adaptam bem em solos encharcados. Por serem bastante frágeis, estas frutas requerem cuidados especiais na pós-colheita e no armazenamento.