A safra de café do Brasil em 2019 foi confirmada em 49,31 milhões de sacas de 60 quilos, disse nesta terça-feira (17) a estatal Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que em setembro havia estimado a produção em 48,99 milhões de sacas.
Os números representam queda de 20% na comparação com a safra de 2018, em redução que “deve-se principalmente pela influência da bienalidade negativa do café arábica somada à diminuição da área destinada à produção”, apontou a Conab em relatório.
A bienalidade do café, como o nome sugere, se refere a um período de cada 2 anos dentro do ciclo de produção do grão. Isso significa fica que em um ano a cultura tem boa produtividade (bienalidade positiva) e outro tem colheita menor (bienalidade negativa).
A produção de arábica foi fixada em 34,3 milhões de sacas, contra 34,47 milhões de sacas na previsão anterior, com redução de 27,8% na comparação anual.
Já a safra de robusta alcançou 15 milhões de sacas colhidas, contra 14,52 milhões na projeção de setembro, com aumento de 5,9% em relação a 2018.
“Intempéries climáticas ocorridas em regiões de maior produção também prejudicaram o desenvolvimento das culturas”, acrescentou a estatal.
A área total cultivada chegou a 2,13 milhões de hectares, com redução total de 1,2% frente à ultima safra.
Os números da Conab para 2019 são menores que as mais recentes projeções de consultorias independentes.
A Safras & Mercado revisou seu número para a produção do Brasil em 2019 na semana passada, para 57,05 milhões de sacas, de 58,9 milhões projetados em abril.
A Conab não divulgou previsões para a próxima safra do Brasil, quando o país voltará a um ano positivo em seu ciclo de produção. Muitos no mercado acreditam que 2020 marcará um novo recorde devido à produção de áreas plantadas recentemente em Minas Gerais, principal Estado produtor.
(FONTE: Agência Reuters)