A Regional de Saúde de Manhumirim, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, realizou nos dias 20, 21 e 22 de novembro, reuniões técnicas sobre as ações de combate à tuberculose aos profissionais de saúde da região. Participaram dos encontros referências técnicas de tuberculose, coordenadores de Epidemiologia e Vigilância em Saúde e Atenção Primária dos 34 municípios assistidos pela Regional.
De acordo com a referência técnica em tuberculose da Regional, Helena Cotrim Furtado, o objetivo da capacitação foi atualizar as principais informações sobre o Programa de Tuberculose, de acordo com o Manual de Recomendações para o Controle da Tuberculose no Brasil, publicado em 2019. “Apresentamos informações importantes para os municípios trabalharem a ampliação do diagnóstico de tuberculose ativa e infecção latente e estratégias que devem ser adotadas para redução do abandono de tratamento, bem como o monitoramento dos pacientes”, destacou Helena.
O diretor da Regional de Saúde de Manhumirim, Juliano Estanislau, falou sobre a atuação dos profissionais de saúde no combate à tuberculose nos municípios da região. “Os números apontam que estamos no caminho certo, mas não podemos baixar a guarda já que Minas Gerais é o 5º estado com o maior número de casos no país e, atualmente, possui o menor coeficiente de incidência da doença entre os Estados da região Sudeste”, frisou o diretor.
Para a enfermeira e coordenadora de Vigilância em Saúde e Epidemiologia do município de Manhuaçu, Lorena Gonçalves, a reunião foi bastante produtiva. “Tivemos a oportunidade de visualizar de maneira bem clara a situação das notificações em toda nossa região. Além disso, tivemos contato com as novidades do Manual da Tuberculose e assim poderemos traçar estratégias que vão nos ajudar no combate e tratamento da doença em nosso município”, frisou a enfermeira.
Sobre a tuberculose
A tuberculose é doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode atingir outras partes do corpo. A doença é transmitida de pessoa para pessoa pelo ar. A tosse com duração de três ou mais semanas é um dos sintomas principais, acompanhada ou não de febre ao final da tarde, suor noturno e emagrecimento. Na vigência desses sintomas, é importante a pessoa procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência para ser avaliada.
Quadro epidemiológico em Minas
Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em 2019 foram notificados, até o momento, 506 casos de tuberculose no estado e 13 óbitos (dados sujeitos à alteração). Em 2018, foram notificados 4.223 casos da doença e 232 óbitos e, em 2017, foram 3.989 casos e 239 óbitos. Ao todo, 549 municípios mineiros tiveram pelo menos um caso de tuberculose em 2018. O coeficiente de incidência em Minas Gerais no ano de 2018 foi de 17,4 casos para cada 100 mil habitantes e o coeficiente de mortalidade foi de 1 para cada 100 mil habitantes.
Texto e fotos: Antonio Rodrigues / ASCOM GRS Manhumirim